Como tem sido nos últimos meses, mais uma vez eu já acordei cansada. Mas, era mais um cansaço emocional, porque fisicamente eu estava bem. O que é estimulante, pois nos últimos nove meses eu tenho sofrido demais com dores nos quadris. Tenho psoríase há 30 anos, já tomei todos os remédios disponíveis para o tratamento, mas de uns 10 anos pra cá descobri que as dores nos pés e nos quadris não eram “a ciática”, e sim artrite psoriática.
Com a pandemia eu precisei migrar para as aulas online. Foi difícil
no início, mas todas as teachers foram aprendendo, se adaptando e começando a
gostar da nova configuração de aula. Mas depois de 4 meses dando aula na
cadeira de madeira da sala, a dor começou... mais uma vez fui tratar a ciática,
mas a ressonância magnética me mostrou que todas as minhas articulações da
sacro-ilíaca estavam inflamadas, e não era de se espantar que não era pouca
coisa, pois eu estava beirando a sandice, tamanha a dor, e precisava continuar
minhas aulas, pois, como pagar as contas, right?
Pedi colo de mãe e vim morar com ela em outubro, eu
precisava de ajuda e companhia para meus afazeres e me defender da pandemia. Rimei.
Cheguei em outubro e não dizer quantas vezes fui a consultas médicas, quantos
exames eu fiz – raio x, ressonância, ressonância com contraste, tomografia,
infinitos exames de sangue – tive que renovar todo o meu cartão de vacina...
tomei novamente todas as agulhadas da primeira infância, que o envelhecimento
me agraciou com o esquecimento. Tomei umas 15 injeções em um espaço de 2 meses:
furos 3 furos num braço, 2 em uma coxa, mais 2 na outra... e mês seguinte era mesma
coisa. Mas é isso, vida de imunossuprimida tem dessas coisas.
Meu quadril direito. tudo que é branco está inflamado, dor demais. |
Diante disso recorri às fisioterapias. Uma amiga antiga me
recomendou uma fisioterapeuta que é acupunturista e trata a dor, e tudo mais no
corpo! Uma maravilhosa, e ainda é uma profissional preta! Com duas semanas eu
já sentia diferença. Depois encontrei uns estudantes de fisioterapia, numa faculdade
vizinha da mamãe – grátis <3 – e temos sido muito bem atendidas, e depois de
umas 4 sessões, as coisas já estão melhores.
Há 3 noites, li uma publicação de um perfil que sigo chamado
@mandi.design informando que aquela noite seria a mis escura por anteceder a
lua nova, não há luz suficiente para o satélite. E essa total ausência de
luz é o Marco da Transformação, e devemos,
à noite, mentalizar qualquer coisa que queiramos que saia de nosso corpo e
mente, de modo que você iniciaria o seu processo de cocriação, e que devemos refletir
sobre a vida. Assim o fiz, pois imaginei muitas outras desesperançosas pudessem
estar movimentando essa energia para o prana e assim o fiz.
Pedi que saísse toda dor, inflamação e doença que me acomete,
que me tirasse o cansaço, a fadiga, o medo e a insegurança e a fraqueza de
iniciar os novos processos que quero para uma nova fase da minha vida. Fiz,
mentalizei, olhei para os céus e agradeci. Dormi.
No dia seguinte acordei mal, cheia de dor, minhas mandíbulas
casadas com o bruxismo me mantiveram ocupadas, tudo doía, do pescoço aos ombros;
também torço as mãos durante o sono, qual o nome disso? Tudo doía também! Mas apesar
disso, tive um dia normal, mas consegui me organizar para dar minhas aulas, me
organizar para ir à farmácia (isso pode ser um processo), e fui. Dia normal,
sem dor, das no quadril.
Ontem fui para a minha fisio. As duas profissionais que me
atendem são graduandas adoráveis e competentes! E fazem algo mágico: nos
estimulam para os exercícios como se fosse um personal trainer numa corrida! Elas
me perguntaram se eu já havia começado a caminhar, e apenas lhe dei aquele
olhar de cumplicidade em que tudo se entende, ela sabia.
À noite, na página @quantica_e_espiritualidade, li que a
frequência do planeta aumentaria e seria o momento de “materializar algo de
forma palpável” e “transformar algo em físico”, e novamente palpei a minha
cura! Pois, hoje, esta dor é o maior dos meus impedimentos: para dirigir,
passear, limpar a casa e trabalhar mais, num ritmo normal, para recuperar
aquele sentimento de “retorno à normalidade”.
Pois bem. Hoje, quando acordei, eu de fato me sentia bem. Zero
dores, disposta, café da manhã reforçado. Voltei com meu desjejum para comê-lo
na cama assistindo as notícias, como faço diariamente. Quando acabei senti algo
estranho: percebi que não havia nenhum motivo para continuar ali deitada, era
hora de descer e dar uma volta no condomínio. E-eu-fui!
Trilha sonora: "Don't you forget about me", do Simple Minds (minha música favorita) |
Peguei meu celular com minha setlist de músicas da minha
adolescência, Simple Minds, Information Society, Depeche Mode e, também, Cardi B,
Beyoncé e Rupaul. Andei devagar como quem caminha sem pressa para nada. Estava uma
manhã nublada e ventava, do jeito que amo! O que me ajuda a dar as 4 voltas no condomínio
com mais facilidade, ao todo foram 30 minutos, e quando vi que era hora de
parar fiz outra coisa: lagarteei! Como se diz no sul do brasil, quando se senta
ao sol num dia fresco.
Lagarteando! |
Subi para o apartamento e mamãe estava na varanda com o celular na mão. Ela me esperava para filmar “o dia que eu consegui descer para caminhar ao sol”, depois de 9 meses que estou aqui na casa dela me recuperando. Ela me abraçou quando me viu e ficou feliz pela pequena conquista, e agradeceu a Nossa Senhora de Fátima, a santa celebrada neste dia. Ficamos ambas felizes!
Afinal, depois de 9 meses, foi um parto, e como dizia o
post, eu cocriei algo dentro dos pedidos que fiz: movimentei minha energia para
cuidar de mim! Espetacular!
Well, parece que estou sendo protegida de vários lados, mas
o abraço da mamãe foi o melhor! Mas bom,
bom mesmo, está sendo conseguir escrever mais um texto para este blog! Cocriar algo
que faz sentido para mim!
Namastê!